HTML 5 = WEB 3.0
SÃO PAULO - Vídeo, áudio e aplicativos na web ganham uma reforma geral com a nova versão da linguagem.
Abalos sísmicos são percebidos com cada vez mais intensidade quando o assunto é HTML 5, o padrão que deve chegar à sua versão final em 2010 e trazer novidades importantes. Os tremores são causados por gigantes como Google, Microsoft e Adobe, que se movimentam para garantir que seus produtos continuem relevantes no novo cenário.
A novidade mais importante está no trato do conteúdo multimídia. Hoje, a inclusão de vídeo num site depende de remendos de código de outras linguagens, como o JavaScript, e da instalação de plug-ins. Com o HTML 5 chegam instruções para lidar com vídeo, áudio, animações e objetos 3D dispensando gambiarras. O próprio browser terá os recursos necessários para exibir esse tipo de conteúdo com a ajuda dos codecs de áudio e vídeo presentes no computador.
Outra vantagem é que vai ficar mais fácil fazer aplicativos que rodam na web trabalhar no próprio micro, sem conexão com a internet. Hoje, isso depende da instalação de software adicional, como o Gears, do Google. Com o HTML 5, o próprio navegador terá recursos para operação offline. No caso de um serviço de webmail, por exemplo, o programa poderá guardar cópias locais das mensagens para uso quando não há acesso à rede.
Para que tudo isso aconteça, porém, é preciso que os navegadores funcionem em harmonia com o HTML 5, algo que ainda está longe de ocorrer. “Em um mundo perfeito, os produtores de browsers concordariam com uma implementação única do HTML 5. Infelizmente, não é esse o caso. O mais provável é que cada um se distancie um pouco da padronização”, diz Lee Brimelow, evangelista mundial da plataforma Flash, da Adobe.
IE na contramão
O ritmo de adoção do HTML 5 pelos browsers é acelerado. Mas o líder do mercado, o Internet Explorer, tem adesão ainda fraca ao novo padrão. Enquanto Firefox, Chrome e Opera já são compatíveis com várias das novas funções e incentivam desenvolvedores a experimentar o mais recente rascunho do HTML 5, a Microsoft só no mês passado deu sinais de interesse. “A Microsoft nos enviou menos de um comentário por mês nos últimos anos. Eles implementaram algumas coisas do HTML 5 no IE 8, mas praticamente não nos mandam feedback. Não tenho ideia do porquê”, afirma Ian Hickson, o especialista em padrões da web do Google que criou o Acid Test e hoje lidera o principal grupo de trabalho do HTML.
O isolamento da Microsoft, no entanto, começa a diminuir. O gerente de produto do IE, Adrian Bateman, disse, no blog do programa, que a empresa vai analisar o rascunho do HTML 5 e publicar suas ideias a respeito. “Ainda temos mais perguntas do que respostas sobre o tema. Mas discutir o assunto em público é a melhor maneira de progredir”, escreveu. O receio da Microsoft em abraçar o HTML 5 não está relacionado apenas à cautela ao usar um padrão inacabado. Decisões nas especificações do HTML 5 podem ajudar ou atrapalhar a vida da gigante de Redmond. O plug-in Silverlight, por exemplo, pode perder importância. O mesmo vale para produtos de outros pesos-pesados, como a Adobe e o Google.
Abalos sísmicos são percebidos com cada vez mais intensidade quando o assunto é HTML 5, o padrão que deve chegar à sua versão final em 2010 e trazer novidades importantes. Os tremores são causados por gigantes como Google, Microsoft e Adobe, que se movimentam para garantir que seus produtos continuem relevantes no novo cenário.
A novidade mais importante está no trato do conteúdo multimídia. Hoje, a inclusão de vídeo num site depende de remendos de código de outras linguagens, como o JavaScript, e da instalação de plug-ins. Com o HTML 5 chegam instruções para lidar com vídeo, áudio, animações e objetos 3D dispensando gambiarras. O próprio browser terá os recursos necessários para exibir esse tipo de conteúdo com a ajuda dos codecs de áudio e vídeo presentes no computador.
Outra vantagem é que vai ficar mais fácil fazer aplicativos que rodam na web trabalhar no próprio micro, sem conexão com a internet. Hoje, isso depende da instalação de software adicional, como o Gears, do Google. Com o HTML 5, o próprio navegador terá recursos para operação offline. No caso de um serviço de webmail, por exemplo, o programa poderá guardar cópias locais das mensagens para uso quando não há acesso à rede.
Para que tudo isso aconteça, porém, é preciso que os navegadores funcionem em harmonia com o HTML 5, algo que ainda está longe de ocorrer. “Em um mundo perfeito, os produtores de browsers concordariam com uma implementação única do HTML 5. Infelizmente, não é esse o caso. O mais provável é que cada um se distancie um pouco da padronização”, diz Lee Brimelow, evangelista mundial da plataforma Flash, da Adobe.
IE na contramão
O ritmo de adoção do HTML 5 pelos browsers é acelerado. Mas o líder do mercado, o Internet Explorer, tem adesão ainda fraca ao novo padrão. Enquanto Firefox, Chrome e Opera já são compatíveis com várias das novas funções e incentivam desenvolvedores a experimentar o mais recente rascunho do HTML 5, a Microsoft só no mês passado deu sinais de interesse. “A Microsoft nos enviou menos de um comentário por mês nos últimos anos. Eles implementaram algumas coisas do HTML 5 no IE 8, mas praticamente não nos mandam feedback. Não tenho ideia do porquê”, afirma Ian Hickson, o especialista em padrões da web do Google que criou o Acid Test e hoje lidera o principal grupo de trabalho do HTML.
O isolamento da Microsoft, no entanto, começa a diminuir. O gerente de produto do IE, Adrian Bateman, disse, no blog do programa, que a empresa vai analisar o rascunho do HTML 5 e publicar suas ideias a respeito. “Ainda temos mais perguntas do que respostas sobre o tema. Mas discutir o assunto em público é a melhor maneira de progredir”, escreveu. O receio da Microsoft em abraçar o HTML 5 não está relacionado apenas à cautela ao usar um padrão inacabado. Decisões nas especificações do HTML 5 podem ajudar ou atrapalhar a vida da gigante de Redmond. O plug-in Silverlight, por exemplo, pode perder importância. O mesmo vale para produtos de outros pesos-pesados, como a Adobe e o Google.
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